ESCLARECIMENTO AOS CIDADÃOS | REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DA VILA
Decorrem os trabalhos de requalificação do Centro da Vila das Taipas, projeto da Professora da Universidade do Minho, Marta Labastida, encomendado pelo Município de Guimarães no ano de 2013.
O projeto foi apresentado publicamente em 18 de março de 2016 e 3 de fevereiro de 2017. Esteve também em consulta pública entre 26 de abril e 3 de maio de 2017.
Em 2016, por ocasião da apresentação pública, a Junta de Freguesia de Caldelas, pela voz do seu Presidente da Junta de Freguesia, Constantino Veiga, sentado na sessão à mesma mesa da equipa projetista afirmou que “o projeto é muito bom, está muito bem conseguido, é fantástico, não falta nada”. Esse foi o tempo de evitar estas alterações que agora estão em curso, e propor outras alterações. Nesse tempo a Junta de Freguesia concordou com a intervenção.
Nessa sessão vários cidadãos, no uso da palavra reproduziram as dúvidas que conseguiram percecionar e que se centraram, sobretudo, na ausência de resposta do projeto à diminuição do número de lugares de estacionamento e do seu impacto no comércio local.
Nessa ocasião apenas um Partido político remeteu contributos para a equipa projetista, que foi o Partido Socialista. Os jornais e jornalistas escreveram que “proposta reúne consenso”.
Em 2017, quando o atual executivo tomou posse o projeto estava completamente fechado e já previa tudo o que está agora a acontecer. Ainda, assim, constituímos um grupo de trabalho para que em obra pudesse ser dada resposta às preocupações evidentes que foram levantadas na discussão pública. O relatório foi enviado em maio de 2018 para o Município de Guimarães.
A substituição de árvores em curso é uma decisão do projeto de 2016. Quando a projetista decidiu transformar o centro cívico, como foi proposto, previu a substituição de árvores em mau estado por árvores novas que serão plantadas (no total está previsto a plantação de 150 novas árvores).
No entanto transformar o centro cívico também implicou para a projetista, por exemplo, trazer a ribeira da canhota, na zona dos Banhos Velhos a céu aberto, ou mudar as cotas do terreno na Avenida da República e para isso substituir árvores que estavam em bom estado de saúde.
Apesar do projeto estar fechado, ter sido lançado o concurso público a que o empreiteiro está obrigado, quando se iniciou a obra, em outubro de 2020, por iniciativa e insistência da Junta de Freguesia a equipa projetista fez uma revisão das árvores sacrificadas. Continuamos a insistir para a importância desse trabalho até à última segunda feira, dia 22 de março de 2021.
Contudo, é bom ter em conta, que este trabalho deveria ter sido feito em projeto em 2016 e claramente não foi. Com o concurso público de obra finalizado e a obra a decorrer, é praticamente impossível introduzir alterações substanciais ao projeto. Ainda assim e por iniciativa da Junta de Freguesia foi possível preservar, até agora, cerca de 20 árvores que estavam assinaladas para serem substituídas.
O Município comprometeu-se a plantar, ainda mais árvores, do que as que estão previstas e a resolver os problemas que esta Junta de Freguesia levantou e para os quais ainda não tinha tido resposta da equipa projetista.
A requalificação do Centro da Vila é uma intervenção que tem as virtualidades que todos identificaram em 2016 porque vai mudar a face da nossa Vila cujo centro está envelhecido, degradado e merece há muitos anos uma intervenção.
O entendimento do atual executivo é que esta intervenção poderia ter sido diferente. Quando em 2016, em fase de projeto, na sessão de discussão pública a Junta de Freguesia em funções aprovou tudo o que agora se está a fazer, dissemos e escrevemos que o projeto poderia ter sido diferente. Dissemo-lo e escrevemo-lo antes do atual executivo tomar posse.
Dissemo-lo e escrevemo-lo em 2018 quando o projeto já estava fechado. Dissemo-lo e escrevemos em 2020 quando se iniciou a obra e continuamos a dizê-lo.
Poderia ter sido diferente. Contudo, o tempo não é de olhar para trás. Para trás foi o tempo do abandono, da degradação do espaço público e dos passeios. Foi o tempo das árvores que tombavam pela força da natureza, pelo tempo e pela incúria. Foi o tempo dos jardins abandonados.
Não é esse o tempo que recordaremos com a conclusão desta intervenção. O tempo que viveremos é o tempo da renovação do espaço público, de mais áreas verdes, de jardins melhor cuidados. Será o tempo de ainda mais árvores. Com a intervenção em curso e a sua conclusão vivemos e viveremos o tempo de mudança de Caldas das Taipas.